top of page

[TP 5] Projeto e Esperança: Conexões da Paisagem

  • Foto do escritor: Lia Soares
    Lia Soares
  • 19 de nov. de 2020
  • 3 min de leitura

Atualizado: 28 de nov. de 2020

Neste último post, é apresentado o trabalho final da matéria de Projeto de Urbanismo 1. A região escolhida para o desenvolvimento do projeto situa-se na Região Administrativa de Vicente Pires, que se desenvolveu próximo à Estrada Parque Taguatinga.

A partir do que foi discutido no post anterior, propôs-se novas conexões a partir do percurso dos córregos e da vegetação existente, assim como a expansão da área verde nas margens dos córregos. A intenção é criar uma estrutura de parque ao longo dos percursos d'água, que interconecte a RA e revalorize as margens dos córregos e diversas áreas vazias.

Descrição das propostas:

- Parques de Conexão: áreas verdes que se conectam; não necessariamente um parque per se, pois tal conexão pode ser feita por vias e/ou caminhos de pedestre arborizados, que desembocam em uma área planejada;

- Ocupação Planejada: áreas de ocupação mista, com habitação e diversos equipamentos urbanos, desde escolas à comércio, mas de maneira planejada e priorizando a escala bucólica;

- Proteção de Margem: áreas desocupadas com vistas à proteção da mata de galeria e das áreas sensíveis ambientalmente, sendo ocupadas esporadicamente dentro do programa de parque ecológico;

- Parque Ecológico/Urbano: áreas para implantação de parques e praças.


No TP 4, foram definidas três áreas de interesse, cujos detalhamentos seriam interessantes e tidos como modelos para o projeto como um todo. Foi escolhida a área 2 para tal.

(reprodução TP4)

Buscando trazer maior presença de verde para o local e criar uma transição mais suave entre gabaritos de altura, propôs-se a criação de boulevares em vias locais de Vicente Pires, e a ocupação do terreno vazio que margeia a EPTG através de um pequeno loteamento com vistas a parques e edifícios de habitação multifamiliar.

A escala bucólica é de grande importância na apropriação do terreno. Os bulevares se tornam possíveis com o alargamento da faixa de domínio das vias e desapropriação de alguns metros da frente de lotes. A ocupação urbana imediata ao redor da nascente do córrego também foi retirada para a transformação da área em parque ecológico.

Novas conexões viárias foram feitas, e os edifícios multifamiliares tem gabarito de 6 e 10 pavimentos, com alguns pontos de comércio para atender à comunidade. Os edifícios multifamiliares devem ter apartamentos com 1, 2, 3 e 4 quartos. O comércio acontece no térreo de edifícios de 4 pavimentos, cujos andares superiores são ocupados por quitinetes.

Seguindo o exemplo das superquadras do Plano Piloto, os edifícios foram elevados sobre pilotis, trazendo leveza ao conjunto. Mesmo com algum possível cercamento por medidas de segurança, como aconteceu na RA Cruzeiro, o ideal é que o conjunto de quadras comunique-se visualmente entre si através dessa permeabilidade; portanto qualquer medida de segurança deve partir do conjunto como um todo, não de cada edifício individualmente.

Os prédios do novo loteamento acontecem de maneira que os de 6 pavimentos se localizem entre Vicente Pires e os de 10 pavimentos, que por sua vez se encontram mais próximos à EPTG (e a Águas Claras), de maneira a suavizar a transição das alturas do skyline da região. Os edifícios comerciais com quitinetes se encontram próximos às vias internas das quadras, e seu gabarito mais baixo se dá por conta da natureza de seu uso (não há tanta demanda de quitinetes quanto de apartamentos, além de que é possível dispôr mais quitinetes que apartamentos por andar).


Abaixo um detalhe da distribuição de passeios de pedestres e vegetação nas Quadras 5 e 6 do conjunto de intervenção.

Nas quadras mais próximas à EPTG, a densa vegetação dos parques serve como uma barreira ao som da via de tráfego intenso. As calçadas também se dispõem de maneira mais lúdica no interior das quadras e nos parques, e são mais largas próximo aos comércios. As vias internas são boulevares de duas faixas, cujo desenho se aplica ao restante da intervenção, nas vias já existentes.

desenhos à mão pela autora


A principal referência de projeto foi o próprio Plano Piloto, que na opinião da autora é um exemplo de domínio de hierarquias e de integração entre diferentes escalas projetuais (residencial, gregária, bucólica e monumental).

fotos por Joana França


A visual dos edifícios, porém, segue outra tendência comparada aos prédios modernistas da capital. Foi pensado um estilo contemporâneo com uso de brises amadeirados ou de aço corten.

imagens de referência retiradas da internet


O projeto se resume na preocupação com a integração com a natureza, e enquanto propõe soluções para alcançar esse objetivo, atinge também a integração da paisagem urbana como um todo.

Comments


Post: Blog2 Post

©2020 Blog para a matéria de Projeto de Urbanismo 1, por Lia Soares (FAU/UnB). Orgulhosamente criado com Wix.com

bottom of page